Os números são alarmantes. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), anualmente, são diagnosticados 180 mil casos novos da doença. Isso significa que um em cada quatro novos casos de câncer no Brasil, é de pele.
No Amazonas, a estimativa do Inca é de 1.080 casos por ano, sendo a maioria, 600, em mulheres. Por isso, como mulher e dermatologista, Dra. Mayara Pinheiro Reis (PP) abraça essa causa e alerta para a importância dos cuidados e da prevenção não apenas em dezembro, mas durante todos os meses.
“Nós somos o segundo estado no ranking nacional de Câncer de Pele. Precisamos reverter esse quadro com muita orientação e prevenção como o uso do protetor solar diariamente, mesmo em ambientes fechados; evitar a exposição ao sol entre 10h e 16h e usar o filtro solar próprio para os lábios. Esse tipo de neoplasia maligna ocorre, geralmente, em partes do corpo mais expostas ao sol”, orientou Mayara.
É importante ressaltar que câncer de pele é causado pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Existem diversos tipos de câncer de pele, divididos em dois grupos principais: os melanomas e os carcinomas (também conhecidos como “câncer de pele não-melanoma”).
Os carcinomas são o tipo mais comum e representam cerca de 95% dos tumores malignos de pele, sendo o carcinoma basocelular, o mais comum e menos agressivo, e o carcinoma espinocelular, o mais grave. Este tipo está relacionado diretamente com a grande exposição ao sol durante a vida e ocorrem com maior frequência em pessoas com pele clara.
Alguns tipos de carcinoma de pele podem estar relacionados à infecção por certos tipos de vírus.
Já o melanoma é menos frequente (5%) que outros tumores de pele, porém costuma ter comportamento mais agressivo. Tem origem a partir dos melanócitos, células responsáveis pela produção do pigmento (melanina) que dá cor à pele. Por isso, costumam se manifestar como pintas de cor escura (negro ou castanho).
Vale ressaltar que a associação do melanoma com o sol é bem conhecida, principalmente com os episódios de exposição intensa, mas este tipo de câncer de pele também tem forte influência genética.
Os principais sinais da doença são manchas que coçam, descamam ou sangram; pintas ou sinais que mudam de tamanho, forma ou cor; mudança na textura da pele ou dor e feridas que não cicatrizam em quatro semanas. Por isso, a qualquer desses sintomas procure um dermatologista.
Com informações do site centrodeoncologia.org.br/